A ação criadora de Deus na teologia filosófica de Xavier Zubiri

A criação significa a doação de Deus na realidade do que não é ele, ou seja, na realidade do mundo. A criação não é uma emanação, mas é uma ação que põe uma realidade transcendente a Deus (alteridade) a partir do nada (ex nihilo). A criação é um ato de vontade livre que consiste numa processão inici...

Description complète

Enregistré dans:  
Détails bibliographiques
Auteur principal: Dimas, Samuel 1970- (Auteur)
Type de support: Numérique/imprimé Article
Langue:Portugais
Vérifier la disponibilité: HBZ Gateway
Journals Online & Print:
En cours de chargement...
Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Publié: Institution [2015]
Dans: Cauriensia
Année: 2015, Volume: 10, Pages: 489-505
RelBib Classification:NBC Dieu
NBD Création
VA Philosophie
Accès en ligne: Volltext (doi)
Description
Résumé:A criação significa a doação de Deus na realidade do que não é ele, ou seja, na realidade do mundo. A criação não é uma emanação, mas é uma ação que põe uma realidade transcendente a Deus (alteridade) a partir do nada (ex nihilo). A criação é um ato de vontade livre que consiste numa processão iniciante de Deus ad extra do que é ad intra, das suas próprias processões trinitárias. Deus, enquanto realidade subsistente, dá realidade subsistente às essências criadas fechadas do mundo material, o qual se vai progressivamente formando a partir de si mesmo, naquilo a que se chama de evolução. A natureza de uma essência aberta é o momento de finitude com que se plasma ad extra a vida trinitária. Ao contrário do que acontece com a criação dos astros e das pedras, na criação das essências abertas, que são os homens, não há por parte de Deus para a sua criação uma ideia distinta. A ideia que preside à criação da essência aberta é a própria realidade divina da vida trinitária. A pessoa humana é a forma finita de ser como é Deus, em inteligência, vontade e sentimento, vivendo como Deus vive, trinitariamente.
Creation means the gift of God of a reality that is not His and hence the reality of the world. Creation is not an emanation but rather an action that imposes a reality transcendental to God (alterity) based upon nothing (ex nihilo). Creation is a free act of will that involves a sequential process beginning with God ad extra rather than the ad intra of His own Trinitarian processions. God, as a subsistent reality, endows subsistent reality to the closed created essences of the material world, which are progressively built up based on God himself in a process more generally termed evolution. The nature of an open essence is the moment of finitude that ad extra shapes Trinitarian life. Contrary to what happens with the creation of the stars and the stones, in the creation of open essences, thus, human beings, there is no distinctive idea on behalf of God in their creation. The idea that prevails throughout the creation of open essences is the very divine reality prevailing in Trinitarian life. The human person is a finite form of being as is God in terms of intelligence, will and feeling and living as God lives trinitarily.
ISSN:1886-4945
Contient:Enthalten in: Cauriensia
Persistent identifiers:DOI: http://dx.medra.org/10.17398/1886-4945.10.489