Sentidos sobre a mediunidade nos candomblés Ketu e Efon
Com as perspectivas socioantropológicas, a mediunidade passou a ser considerada um fenômeno cultural e religioso legítimo, em contraposição ao discurso de patologização transmitido, em grande parte, pelas neurociências. O objetivo deste estudo foi compreender como a mediunidade é concebida por médiu...
Authors: | ; ; |
---|---|
Format: | Electronic Article |
Language: | Portuguese |
Check availability: | HBZ Gateway |
Journals Online & Print: | |
Fernleihe: | Fernleihe für die Fachinformationsdienste |
Published: |
[publisher not identified]
[2020]
|
In: |
Revista cultura y religión
Year: 2020, Volume: 14, Issue: 2, Pages: 36-55 |
Standardized Subjects / Keyword chains: | B
Uberaba
/ Candomblé
/ Medium
/ Cultural identity
/ Mediality
/ Psychische Eigenschaft
/ Bodiliness
|
RelBib Classification: | AG Religious life; material religion AZ New religious movements KBR Latin America |
Further subjects: | B
Candomblé
B Cultura Afro-Brasileira B Mediunidade |
Online Access: |
Volltext (kostenfrei) |
Summary: | Com as perspectivas socioantropológicas, a mediunidade passou a ser considerada um fenômeno cultural e religioso legítimo, em contraposição ao discurso de patologização transmitido, em grande parte, pelas neurociências. O objetivo deste estudo foi compreender como a mediunidade é concebida por médiuns do candomblé que realizaram a feitura (iniciação) de sete anos. Participaram 17 médiuns das nações Ketu e Efon da cidade de Uberaba-MG (Brasil). A mediunidade foi verbalizada de dois modos distintos: 1) como um dom que não pode ser recusado pelo médium; 2) como uma faculdade que pode ser controlada/recusada pelo médium. Entre os aspectos relacionados às sensações corpóreas da possessão, destacaram movimentos opostos que vão desde a paralisia até a agitação do corpo. Tais sensações foram explicadas em decorrência da energia de cada orixá incorporado, e não pelas características do médium. Discute-se que esses médiuns encontram-se engajados em compartilhar experiências que evoquem fundamentalmente os aspectos positivos relacionados à mediunidade, incorporando, inclusive, uma gramática científica que visa a explicar o fenômeno. Na tentativa de valorizar o candomblé em um cenário de intolerância e racismo, este parece ser um movimento que valoriza a mediunidade e a coloca em uma posição de destaque dentro das expressões das religiões de matriz africana. |
---|---|
ISSN: | 0718-4727 |
Contains: | Enthalten in: Revista cultura y religión
|