A pandemia de vírus do machismo

Este artigo parte da observação de memes de cunho machista que circularam nas redes sociais, em especial no WhatsApp, tendo por pretexto os constrangimentos impostos pela quarentena decretada durante a pandemia provocada pelo vírus Covid 19. Estes reproduziram representações e violências de gênero...

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Bibliographic Details
Authors: Menezes, Nilza (Author) ; Santos, Naira Pinheiro dos (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
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Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: UMESP 2022
In: Mandrágora
Year: 2022, Volume: 28, Issue: 2, Pages: 5-32
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B Religião
B Violência
Online Access: Volltext (kostenfrei)
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520 |a Este artigo parte da observação de memes de cunho machista que circularam nas redes sociais, em especial no WhatsApp, tendo por pretexto os constrangimentos impostos pela quarentena decretada durante a pandemia provocada pelo vírus Covid 19. Estes reproduziram representações e violências de gênero em forma de "humor". Tratamos aqui de analisar, em perspectiva de gênero, as ideias veiculadas nas mensagens selecionadas, os assim chamados memes, perguntando-nos se há e qual seria a sua relação com religião. Verificou--se que a articulação entre neoliberalismo, conservadorismo político e religioso observado nos últimos anos no contexto brasileiro, concorreu para a reprodução e reforço de ideias de caráter misógino, sexista e racista/xenófobo, a fim de garantir a "imunidade" da família tradicional e a manutenção da divisão sexual do trabalho. Conclui-se que, ao disseminar tais paradigmas, o conteúdo dos memes selecionados reproduz as violências de gênero que perpassam a construção da família preconizada por grupos religiosos conservadores. 
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