L'anthroponymie des chrétiens arabisés de la péninsule Ibérique médiévale: le double nom des «mozarabes», IXe-XIIIe siècles

Nas três etapas da sua existência na Península Ibérica medieval, os cristãos arabizados, tradicionalmente denominados “moçárabes”, caraterizam-se pelo fenómeno do duplo nome, árabe e latino-cristão, seja no al-Andalus omíada e taifal (sécs. IX-XI), nos reinos cristãos...

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Published in:Hamsa
Main Author: Molénat, Jean-Pierre (Author)
Format: Electronic Article
Language:French
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Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: Universidade de Évora [2016/2017]
In: Hamsa
Further subjects:B chrétiens arabisés
B Cordoue
B Leão
B nisba
B León
B Mozarabes
B cristãos arabizados
B kunya
B Moçárabes
B Córdova
B ism ‘alam
B Toledo
B Tolède
Online Access: Volltext (kostenfrei)
Description
Summary:Nas três etapas da sua existência na Península Ibérica medieval, os cristãos arabizados, tradicionalmente denominados “moçárabes”, caraterizam-se pelo fenómeno do duplo nome, árabe e latino-cristão, seja no al-Andalus omíada e taifal (sécs. IX-XI), nos reinos cristãos do Norte, principalmente no de Leão (sécs. IX-XI) ou, finalmente, na Toledo da pretensa Reconquista(sécs. XII-XIII). Este fenómenonasce, evidentemente,na Córdova omíada, apesar da rarefação das fontes disponíveis a este respeito (quer árabes, quer latinas, cada uma delas empregando o sistema correspondente à língua utilizada). Afirma-se plenamente em Leão, com a abundância de nomes árabes (e não “arabizados”), combinados com os de origem cristã, latina ou gótica, na profusão documental disponível, que não deixa dúvidas quanto à presença de uma população cristã “arabizada”, qualquer que seja a sua controversa origem. Enfim, e paradoxalmente, sobrevive e afirma-se na documentação árabe dos “moçárabes” da Toledo cristã. Este fenómeno não pode ser considerado senão como a marca de uma dupla cultura daqueles que são portadores dessa dualidade onomástica.
Aux trois étapes de leur existence dans la Péninsule Ibérique médiévale, les chrétiens arabisés, traditionnellement appelés «mozarabes», sont caractérisés par le phénomène du double nom, arabe et latino-chrétien, soit en al-Andalus omeyyade et taïfale (VIIIe-XIe siècles), dans les royaumes chrétiens du Nord, principalement celui de León (IXe-XIe siècles), et enfin dans la Tolède de la prétendue Reconquista (XIIe-XIIIe siècle). Il prend évidemment naissance dans la Cordoue omeyyade, malgré la rareté des sources disponibles à cet égard (soit arabes, soit latines, chacune employant le système correspondant à la langue utilisée). Il s'affirme pleinement en León, avec l'abondance des noms arabes (et non pas "arabisés"), combinés avec ceux d'origine chrétienne, latine ou gothique, dans l'abondante documentation disponible, qui ne laisse pas de place au doute quant à la présence d'une population chrétienne "arabisée", quelle que soit son origine controversée. Enfin, et paradoxalement, il survit et s'affirme dans la documentation arabe des "mozarabes" de la Tolède chrétienne. Ce phénomène ne peut être considérée que comme la marque de la double culture de ceux qui sont les porteurs de cette dualité onomastique.
ISSN:2183-2633
Contains:Enthalten in: Hamsa