O salário do pecado é a AIDS: representações de gênero em vídeos católicos e governamentais de prevenção ao HIV na África

O presente artigo procura demonstrar a convergência entre o discurso religioso e o governamental em campanhas de prevenção ao HIV. Para comparação utilizo-me dos vídeos da série “Youth Videos for Life and Love”, produzidos pela organização jesuíta African Jesuit AIDS Network; e o programa governamen...

Full description

Saved in:  
Bibliographic Details
Published in:Mandrágora
Main Author: Ferreira, Tiago da Silva (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
Check availability: HBZ Gateway
Journals Online & Print:
Drawer...
Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: UMESP [2016]
In: Mandrágora
Further subjects:B África
B Cristianismo
B Prevenção ao HIV / AIDS
B Relações de gênero
Online Access: Volltext (lizenzpflichtig)
Volltext (lizenzpflichtig)
Description
Summary:O presente artigo procura demonstrar a convergência entre o discurso religioso e o governamental em campanhas de prevenção ao HIV. Para comparação utilizo-me dos vídeos da série “Youth Videos for Life and Love”, produzidos pela organização jesuíta African Jesuit AIDS Network; e o programa governamental de prevenção ao HIV da Televisão Pública de Angola, o “Stop Sida”. Pretendo demonstrar que em ambos os casos, procura-se produzir sujeitos culpados, especialmente quando se tratam de mulheres, associando a infecção pelo vírus ao pecado, condenação divina e responsabilidade individual. Tal associação perpetua a violência contra a mulher e mantém intacto o dispositivo social que faz delas as maiores vítimas da pandemia da aids em Angola e na África Sulsaariana.
This article seeks to demonstrate the convergence of religious and governmental discourse on HIV prevention campaigns. For comparison in this text I use the videos from the series “Youth Videos for Life and Love”, produced by the Jesuit organization African Jesuit AIDS Network; and Public Television of Angola’s governmental TV Show for HIV prevention, “Stop Sida”. I intend to show that in both cases, one seeks to produce guilty subjects, especially when it comes to women, associating the infection with sin, divine judgment and personal responsibility. This association perpetuates violence against women and keeps intact the social dispositif that makes them the main victims of the AIDS pandemic in Angola and Sub-Saharan Africa.
ISSN:2176-0985
Contains:Enthalten in: Mandrágora
Persistent identifiers:DOI: 10.15603/2176-0985/mandragora.v22n2p91-125