A alma como princípio de liberdade e o infinito em Plotino

Em toda a história do pensamento religioso, não há melhor exemplo de uma experiência mística condicionada pela estrutura metafísica das diversas atividades transcendentais do espírito que a da união plotiniana da alma, princípio da liberdade, com o Uno, Infinito e Absoluto. Em Plotino, a interiorida...

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Published in:Numen
Main Author: Martins, Antônio Henrique Campolina (Author)
Format: Electronic Article
Language:Portuguese
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Fernleihe:Fernleihe für die Fachinformationsdienste
Published: UFJF 2004
In: Numen
Further subjects:B Alma
B Transcendência
B Plotini
B Transcendance
B Métaphysique
B Âme
B Plotino
B Metafísica
B Iiberté
B Liberdade
B Schelling
Online Access: Volltext (kostenfrei)
Description
Summary:Em toda a história do pensamento religioso, não há melhor exemplo de uma experiência mística condicionada pela estrutura metafísica das diversas atividades transcendentais do espírito que a da união plotiniana da alma, princípio da liberdade, com o Uno, Infinito e Absoluto. Em Plotino, a interioridade, o aprofundamento do eu em si mesmo, ultrapassam de imediato o eu, e ascendem a uma realidade que faz esquecer, ao Uno transcendente, que está acima de toda determinação. A subjetividade é, pois, inseparável da transcendência; não é possivel descobrir-se a si mesmo sem ultrapassar-se. Este transcendente tornou-se, de mais a mais, uma categoria habitual do pensamento moderno. Tanto para Plotino como para Schelling, o real é essencialmente polaridade de termos que se sustentam uns aos outros; ele jamais é o resultado de uma soma de elementos dotados, primeiramente, de uma existência separada. Sob o aspecto da metafísica da transcendência existe uma afinidade autêntica entre Plotino e Schelling.
Dans toute I' histoire de la pensée religieuse, il n'y a de meilleur exemple d'une experience mystique conditionnée par la structure métaphysique des diverses activités transcendentales de I'esprit que I'union plotinienne de I'âme, príncipe de la liberté, avec I'Un , Infini et Absolu. Chez Plotin, I'interiorité, I'approfondissement du moi en lui­même, dépassent tout de suite le moi, et montent à une réalité qui le fait oublier, à I'Un transcendant, qui est au dessus de toute détermination. La subjectivité est donc inséparable de la transcendancej on ne peut se découvrir soi-même sans se dépasser. Ce transcendant est devenu encore une catégorie habituelle de la pensée moderne. Pour Plotin ainsi que pour Schelling, le réel est essentiellement polarité de termes qui se soutiennent les uns les autresi il n'est jamais le resultat d'une sommation d'éléments doués d'abord d'une existence séparée. Sous la métaphysique de la transcendance iI y a une veritable affinité entre Plotin et Schelling.
ISSN:2236-6296
Contains:Enthalten in: Numen